Senhor Presidente da Câmara:
Estou aqui hoje, mais uma vez, para em nome da Associação de Moradores do Bairro das Calvanas, apresentar a V. Excia e à equipa que o acompanha, na dura tarefa a que vão entregar-se nos próximos quatro anos, as mais vivas felicitações pela retumbante vitória alcançada em 16 de Dezembro, só imaginada ou esperada, por pessoas que como eu, conheciam demasiado bem o funcionamento dos diferentes Serviços Camarários.
Seria injusto se tal não tivesse acontecido e acarretaria consequências muito nefastas para a cidade e para os lisboetas, difíceis de reparar no futuro.
Mas o verdadeiro povo de Lisboa, aquele que mais sofre com os erros daqueles que têm por missão governar, mas governar bem, disse basta a tantas medidas desumanas e a tão desastrada administração camarária, tornando possível uma vitória que parecia inalcansável, tal era a desvantagem existente entre as forças em confronto.
Não obstante todos sabermos que a alternância é uma regra base da democracia, também sabemos quão difícil é, por vezes, dar corpo a essa alternância, essencialmente porque as forças instaladas gozam de privilégios completamente inacessíveis aos adversários.
Não obstante todos sabermos que a alternância é uma regra base da democracia, também sabemos quão difícil é, por vezes, dar corpo a essa alternância, essencialmente porque as forças instaladas gozam de privilégios completamente inacessíveis aos adversários.
Esta foi a realidade da coligação Amar Lisboa que manobrou a opinião pública, à custa da imensa propaganda feita na Comunicação Social, paga pelo erário público e, consequentemente, por todos nós, dando relevo a obras medíocres que em alguns casos, nunca deviam ter sido feitas. Ao mesmo tempo, foi notória a proliferação de grande número de publicações: (livros, jornais, revistas, boletins informativos, agendas culturais, desdobráveis, brochuras, panfletos, cartazes etc., etc.), da responsabilidade da CML, que nestas eleições autárquicas, serviram descaradamente para promover o candidato socialista.
Nada disso lhes valeu, porque o povo que os elegeu, foi o mesmo que os colocou agora, no desemprego, tremendamente desapontado, por lhes terem virado as costas, por se terem esquecido das promessas que então fizeram.
Nada disso lhes valeu, porque o povo que os elegeu, foi o mesmo que os colocou agora, no desemprego, tremendamente desapontado, por lhes terem virado as costas, por se terem esquecido das promessas que então fizeram.
De forma leviana, menosprezaram o povo, ao não lhe reconher carácter nem capacidade para se indignar e demonstrar neste acto eleitoral toda a sua insatisfação.
Meu Deus, como vivem na Lua estes nossos governantes! Distantes de tudo e de todos e a anos-luz das realidades mais prementes da maioria da população portuguesa que está velha e cansada de esperar por uma vida melhor.
Decididamente, o País pobre que nós conhecemos, repleto de infindáveis dramas sociais, não é o mesmo, o Oásis que os governantes socialistas, despudoradamente, têm apregoado até à exaustão.
Que Oásis, Senhores Governantes? Será que a miséria de uma parte tão significativa da população portuguesa, não lhes merece mais respeito? Por onde têm andado? Será que os interesses de um partido estão acima dos sagrados interesses nacionais? Infelizmente, assim parece acontecer neste nosso Portugal.
Pessoalmente e em nome da Associação de que sou dirigente, congratulo-me com tão nobre atitude do povo, sabendo o quanto é difícil a um pobre conseguir valer os seus direitos.
Pessoalmente e em nome da Associação de que sou dirigente, congratulo-me com tão nobre atitude do povo, sabendo o quanto é difícil a um pobre conseguir valer os seus direitos.
Ao longo dos últimos doze anos, especialmente dos últimos quatro, o povo de Calvanas sofreu na pele a presunção, a insensibilidade, a arrogância e o desprezo dos responsáveis camarários que ao usarem e abusarem de tais adjectivos, impediram que o realojamento de Calvanas se tivesse feito atempadamente, com tranquilidade e justiça.
No entanto, mesmo sendo maltratado, o povo de Calvanas aguentou com muita coragem e estoicismo a coligação do PS/PCP, não fazendo quaisquer manifestações de rua, cortando estradas, impedindo o trânsito, partindo montras, amolgando carros ou agredindo os culpados, física ou verbalmente; mas, como não podia deixar de ser, guardou para estas eleições autárquicas toda a sua vontade de ajudar a protagonizar uma mudança na governação da cidade.
No entanto, mesmo sendo maltratado, o povo de Calvanas aguentou com muita coragem e estoicismo a coligação do PS/PCP, não fazendo quaisquer manifestações de rua, cortando estradas, impedindo o trânsito, partindo montras, amolgando carros ou agredindo os culpados, física ou verbalmente; mas, como não podia deixar de ser, guardou para estas eleições autárquicas toda a sua vontade de ajudar a protagonizar uma mudança na governação da cidade.
Houve uma mobilização geral, no sentido de fazer com que os moradores votassem massivamente na coligação Lisboa Feliz. Eu próprio colaborei intensamente na campanha, a título pessoal, tanto em Calvanas, como noutros Bairros com as mesmas afinidades: S. João de Brito, Cruz Vermelha, Lumiar, Alto da Faia, Alto do Lumiar, Olivais e em todos os locais onde tinha oportunidade de denunciar a má gestão camarária. Colaborei inclusive, no dia 16, no transporte de pessoas acamadas, para que nenhum voto se perdesse.
O resultado de toda esta mobilização, está à vista: para além de termos contribuído decisivamente para a eleição do Presidente da Câmara, reconquistámos também a JFL, que durante toda a vigência socialista e foram doze anos, se esqueceu que o Bairro de Calvanas existia. Porque sei que o povo de Calvanas se empenhou de forma total na eleição do novo Presidente, o resultado obtido, é motivo de enorme satisfação.
E é bom lembrar que a nossa atitude, foi desinteressada, com o único objectivo de derrotar aqueles que nada fizeram para nos ajudar a resolver com elevação e justiça, o nosso Processo de Realojamento.
Não pedimos nada ao novo Presidente, nem tão pouco temos a certeza de que ele vai finalmente resolver, com a justiça e a celeridade necessárias, o realojamento de Calvanas, nos moldes que desde há muito reivindicamos. É concerteza um assunto que lhe vamos colocar, logo que possível, e mentiríamos se disséssemos que não esperamos uma maior abertura e compreensão do novo Presidente, precisamente porque acreditamos que os problemas dos pobres lhe irão merecer uma maior atenção.
É bom lembrar que mais de 80% dos moradores a realojar, no Bairro das Calvanas, são oriundos das ex-Colónias, onde perderam todos os seus bens materiais, muitos a própria vida e onde a maioria hipotecou grande parte da esperança em alcançar um futuro mais próspero e mais feliz.
Indiferentes e insensíveis a toda a tragédia que atingiu essas pessoas, os ex-responsáveis camarários tudo fizeram para dificultar, ao máximo, a vida desta exemplar comunidade que vive actualmente em condições muito precárias, pelos motivos já muitas vezes denunciados aos anteriores Executivos e a todos os governantes deste País e que tem a ver com a falta de manutenção das casas e do Bairro, uma vez que ninguém quer desperdiçar mais dinheiro que tanta falta irá fazer para custear os encargos com a nova casa, pois tanto o Senhor ex-Primeiro-Ministro como o Senhor ex-Presidente da Câmara nos negaram os nossos mais elementares direitos: uma casa em troca da que possuímos em Calvanas.
O resultado de toda esta mobilização, está à vista: para além de termos contribuído decisivamente para a eleição do Presidente da Câmara, reconquistámos também a JFL, que durante toda a vigência socialista e foram doze anos, se esqueceu que o Bairro de Calvanas existia. Porque sei que o povo de Calvanas se empenhou de forma total na eleição do novo Presidente, o resultado obtido, é motivo de enorme satisfação.
E é bom lembrar que a nossa atitude, foi desinteressada, com o único objectivo de derrotar aqueles que nada fizeram para nos ajudar a resolver com elevação e justiça, o nosso Processo de Realojamento.
Não pedimos nada ao novo Presidente, nem tão pouco temos a certeza de que ele vai finalmente resolver, com a justiça e a celeridade necessárias, o realojamento de Calvanas, nos moldes que desde há muito reivindicamos. É concerteza um assunto que lhe vamos colocar, logo que possível, e mentiríamos se disséssemos que não esperamos uma maior abertura e compreensão do novo Presidente, precisamente porque acreditamos que os problemas dos pobres lhe irão merecer uma maior atenção.
É bom lembrar que mais de 80% dos moradores a realojar, no Bairro das Calvanas, são oriundos das ex-Colónias, onde perderam todos os seus bens materiais, muitos a própria vida e onde a maioria hipotecou grande parte da esperança em alcançar um futuro mais próspero e mais feliz.
Indiferentes e insensíveis a toda a tragédia que atingiu essas pessoas, os ex-responsáveis camarários tudo fizeram para dificultar, ao máximo, a vida desta exemplar comunidade que vive actualmente em condições muito precárias, pelos motivos já muitas vezes denunciados aos anteriores Executivos e a todos os governantes deste País e que tem a ver com a falta de manutenção das casas e do Bairro, uma vez que ninguém quer desperdiçar mais dinheiro que tanta falta irá fazer para custear os encargos com a nova casa, pois tanto o Senhor ex-Primeiro-Ministro como o Senhor ex-Presidente da Câmara nos negaram os nossos mais elementares direitos: uma casa em troca da que possuímos em Calvanas.
Os moradores foram humilhados, gozados, ludibriados, injustiçados. O Senhor ex-Presidente da Câmara, desprezou a Comunidade de Calvanas, esqueceu as suas origens, ignorou o seu sofrimento e, de forma cruel, tudo fez para destruir as raízes criadas ao longo de 26 anos, depois de em 1975 terem sido vítimas de um violento e brutal atentado contra as suas vidas e os seus bens.
Os ex-dirigentes camarários borrifaram-se para o reencontro com a vida, neste espaço de Calvanas, de algumas centenas de famílias, obrigadas a abandonar, em 1975, as suas casas, os seus empregos, os seus bens, os seus familiares e os seus amigos e conhecidos.
Borrifaram-se ainda para a heróica reconstrução familiar que fizeram, construindo, à sua custa, o seu novo lar, o seu emprego e a sua vida social.
Não quiseram saber o quanto aquele local representa para toda a Comunidade, onde construíram casas e instalações sociais, rasgaram arruamentos, providenciaram o saneamento básico, plantaram árvores, fizeram jardins, viram nascer, crescer e casar os seus filhos e assistiram ao nascimento dos seus netos; acompanharam também a dolorosa partida dos seus entes mais queridos, familiares e amigos, à sua última morada.
Para os moradores, Calvanas tem um valor inestimável, incalculável, uma vez que neste local, foi possível, a muitas famílias que se encontravam destroçadas, reencontrar de novo a esperança de viver.
Para gente insensível, como os ex-dirigentes camarários, a população de Calvanas, vítima de uma das maiores tragédias da nossa história, despojada de todos os seus bens, fruto do trabalho de gerações e até agora nunca ressarcida, não merecia mais do que uma espécie de casa, construída ao abrigo do PER, com menos condições do que aquela que habitamos no Bairro das Calvanas.
Mas para além desta afronta, os ex-dirigentes camarários infernizaram constantemente o dia-a-dia das pessoas, com intimações, notificações, ordens de desocupação e despejo, demolições, etc., por manifesto prazer e diversão, uma vez que nunca consumaram nenhum dos actos referidos.
Em vez de resolverem o nosso problema, enredaram-se em jogos de mentiras, não cumprindo uma única alínea dos acordos que ao longo de quatro anos negociámos. Abusivamente, começaram a demolir casas no Bairro, sem terem pronto um plano global de realojamento que respeitasse o acordado.
Estava estipulado e negociado que entre a demolição da primeira casa e a última, não decorresse um período superior a seis/doze meses, para evitar transtornos escusados, à população.
Infelizmente, e para mal dos nossos pecados, a primeira casa já foi demolida há quase dois anos e, a partir de então, muitas outras tiveram o mesmo fim, encontrando-se o Bairro completamente esventrado, feio, um autêntico inferno, com as ruas completamente esburacadas, transformado em vazadouro de entulhos malcheirosos e completamente tomado pelos marginais que aproveitam os esconderijos das casas desocupadas mas não demolidas, para praticar todo o tipo de crimes contra a população local.
A polícia não vigia esta zona e as pessoas ficam entregues a si próprias, frequentemente insultadas, agredidas e roubadas, sem nada poderem fazer.
Senhor Presidente:
Senhor Presidente:
O Programa Especial de Realojamento (PER), não passa de uma artimanha soez que impede os pobres de ter acesso a uma casa condigna. O PER não passa de um estratagema, através do qual, muitos milhões de contos são consumidos, de forma pouco transparente e onde toda a gente envolvida, à excepção dos verdadeiros destinatários, tem acesso a chorudos lucros.
Até a demolição das nossas casas, pelo que nos contam, envolve verbas que nos parecem exorbitantes, contribuindo também para que alguns criem riqueza à custa da nossa desgraça.
Se eu mandasse, ordenaria que estas casas sociais fossem distribuídas aos responsáveis pela aprovação do PER e a todos quantos concordam com ele.
Na Europa, há décadas que não se constroem casas sociais com estas características e as que existiam, fruto de erros cometidos na década de 60 e 70, como os que agora se estão a praticar em Portugal, mas em 2002!!!, 40 anos depois!!!, foram todas demolidas na década de 80.
Com tantas centenas de milhões de contos gastos, Portugal não vai poder orgulhar-se de ter resolvido os problemas da habitação, passando ao lado de uma excelente oportunidade para o fazer e o que dói, é que o dinheiro foi gasto na mesma e os contribuintes e o povo, em geral, por via disso, não puderam ver melhorada a sua situação fiscal, nem tão pouco ter acesso a um nível de vida melhor.
A exemplo do que se passou com outras reformas, também nesta, os governantes deste País, não quiseram aprender com os erros alheios, pelo que estão condenados a fazer, daqui por 20/30 anos, o mesmo que outros Países fizeram: proceder à demolição de todas as construções, marcadas com o estigma de Bairros Sociais, para pobres, sem qualidade e sem resistência para aguentar mais do que uma ou duas décadas.
Se eu mandasse, ordenaria que estas casas sociais fossem distribuídas aos responsáveis pela aprovação do PER e a todos quantos concordam com ele.
Na Europa, há décadas que não se constroem casas sociais com estas características e as que existiam, fruto de erros cometidos na década de 60 e 70, como os que agora se estão a praticar em Portugal, mas em 2002!!!, 40 anos depois!!!, foram todas demolidas na década de 80.
Com tantas centenas de milhões de contos gastos, Portugal não vai poder orgulhar-se de ter resolvido os problemas da habitação, passando ao lado de uma excelente oportunidade para o fazer e o que dói, é que o dinheiro foi gasto na mesma e os contribuintes e o povo, em geral, por via disso, não puderam ver melhorada a sua situação fiscal, nem tão pouco ter acesso a um nível de vida melhor.
A exemplo do que se passou com outras reformas, também nesta, os governantes deste País, não quiseram aprender com os erros alheios, pelo que estão condenados a fazer, daqui por 20/30 anos, o mesmo que outros Países fizeram: proceder à demolição de todas as construções, marcadas com o estigma de Bairros Sociais, para pobres, sem qualidade e sem resistência para aguentar mais do que uma ou duas décadas.
Dizemos isto, porque conhecemos casas com cinco ou seis anos, completamente degradadas, sem condições de habitabilidade.
Com este tipo de governantes, Portugal nunca será capaz de fazer as coisas bem feitas, acabando por passar sempre ao lado das grandes oportunidades. A sua incompetência e a sua irresponsabilidade é, sem dúvida, o grande obstáculo para que Portugal e os portugueses tenham acesso a um futuro muito melhor.
Com este tipo de governantes, Portugal nunca será capaz de fazer as coisas bem feitas, acabando por passar sempre ao lado das grandes oportunidades. A sua incompetência e a sua irresponsabilidade é, sem dúvida, o grande obstáculo para que Portugal e os portugueses tenham acesso a um futuro muito melhor.
A única forma que de momento me ocorre para fazer face ao desperdício de recursos públicos e, de certa forma compensar e equilibrar esta triste realidade, seria começar, quanto antes, a cobrar impostos agravados, aos incompetentes e aos irresponsáveis.
É absolutamente verdade que fomos marginalizados e discriminados; e como quem não se sente, não é filho de boa gente, no momento próprio, também soubemos utilizar as nossas armas para aniquilar e tirar de cena, protagonistas indesejáveis que tão injustamente nos maltrataram. Saíram sem honra nem glória, incrédulos e cabisbaixos, vencidos de forma antecipadamente inimaginável, tão forte era a convicção de que iriam continuar no poder; até as sondagens, quiçá manobradas por fervorosos adeptos da coligação, irrealistas e facciosas, contribuíram decisivamente para que a surpresa fosse ainda maior e mais decepcionante.
É absolutamente verdade que fomos marginalizados e discriminados; e como quem não se sente, não é filho de boa gente, no momento próprio, também soubemos utilizar as nossas armas para aniquilar e tirar de cena, protagonistas indesejáveis que tão injustamente nos maltrataram. Saíram sem honra nem glória, incrédulos e cabisbaixos, vencidos de forma antecipadamente inimaginável, tão forte era a convicção de que iriam continuar no poder; até as sondagens, quiçá manobradas por fervorosos adeptos da coligação, irrealistas e facciosas, contribuíram decisivamente para que a surpresa fosse ainda maior e mais decepcionante.
Em suma, o quadro visual que nos foi proporcionado no dia 16 de Dezembro, relativamente a todas as nossas expectativas, é de tal forma deslumbrante que só um pintor genial, à dimensão de Pablo Picasso, seria capaz de nos extasiar com obra semelhante.
Está de parabéns a personalidade que protagonizou tão eloquente feito.
Costuma dizer o povo e com alguma sábia razão, que “Deus não dorme” e quando menos se espera, toma conta dos acontecimentos e impede que certas injustiças aconteçam.
Por isso, graças a Deus, ultrapassada que foi esta enorme tormenta socialista, queremos fazer votos para que o novo Presidente se desfaça imediatamente dos manuais de governação dos seus antecessores e os substitua por outros, onde o respeito pelos mais pobres seja uma realidade constante no seu dia-a-dia de trabalho, não só porque são os que mais necessitam de ser defendidos mas também porque foram eles que mais contribuíram para a sua eleição; e, por outro lado, os votos dos pobres não valem menos que os dos ricos, por isso, mais uma razão para merecerem o mesmo tratamento.
Costuma dizer o povo e com alguma sábia razão, que “Deus não dorme” e quando menos se espera, toma conta dos acontecimentos e impede que certas injustiças aconteçam.
Por isso, graças a Deus, ultrapassada que foi esta enorme tormenta socialista, queremos fazer votos para que o novo Presidente se desfaça imediatamente dos manuais de governação dos seus antecessores e os substitua por outros, onde o respeito pelos mais pobres seja uma realidade constante no seu dia-a-dia de trabalho, não só porque são os que mais necessitam de ser defendidos mas também porque foram eles que mais contribuíram para a sua eleição; e, por outro lado, os votos dos pobres não valem menos que os dos ricos, por isso, mais uma razão para merecerem o mesmo tratamento.
Não os esqueça, Senhor Presidente, para que não lhe venha a acontecer o mesmo que agora aconteceu a esta velha e acabada aliança socialista/comunista que foi vítima do seu palavreado oco e das suas promessas não cumpridas.
Ao novo Presidente, queremos apelar que acompanhe no terreno, os problemas das pessoas e da cidade e não delegue sistematicamente noutros, tarefas que são da sua exclusiva responsabilidade e pelas quais terá de responder; que acompanhe de perto o funcionamento dos múltiplos departamentos camarários, não permitindo que os mesmos funcionem no limite do caos; que tenha mão pesada para os funcionários que servindo-se da sua posição privilegiada, à frente de determinados Serviços, exigem contrapartidas a que não têm direito.
Ao novo Presidente, queremos apelar que acompanhe no terreno, os problemas das pessoas e da cidade e não delegue sistematicamente noutros, tarefas que são da sua exclusiva responsabilidade e pelas quais terá de responder; que acompanhe de perto o funcionamento dos múltiplos departamentos camarários, não permitindo que os mesmos funcionem no limite do caos; que tenha mão pesada para os funcionários que servindo-se da sua posição privilegiada, à frente de determinados Serviços, exigem contrapartidas a que não têm direito.
No lugar onde nasci e me criei, a essas práticas chama-se corrupção; não deixe que o estado de conservação da via pública seja uma armadilha constante para os já martirizados automobilistas; não consinta que milhares de prédios continuem em risco de ruir e a pôr em perigo a vida e os bens das pessoas, porque os seus proprietários não têm qualquer interesse em recuperá-los.
É muito mais rentável deixá-los ruir e depois construir novos prédios.
Não permita que a insegurança continue a flagelar os lisboetas, atingindo particularmente aqueles que têm menos capacidade para se defender: os velhos e as crianças; os todo-poderosos devem ser postos na ordem e não deve o seu dinheiro servir para "comprar" tratamentos diferenciados dos demais. Os problemas de carácter social devem ser objecto de tratamento especial, de forma a fazer de Lisboa, uma cidade mais humanizada e mais solidária.
Por outro lado, em face do anúncio de V. Excia de pedir e bem, uma auditoria às contas da Edilidade, gostaríamos de ver publicitados os resultados da mesma para que todos os munícipes saibam o estado em que ficaram as contas da Edilidade.
É claro que existem muitas outras tarefas urgentes para realizar que V. Excia conhece melhor do que nós e que seria fastidioso repetir mas que todos esperamos sejam resolvidas; e é muito importante que não sejam guardadas para as calendas das próximas eleições, porque nessa altura, já não conquistam a simpatia das pessoas, antes pelo contrário.
Em suma, Senhor Presidente, seja equitativo, dê aos ricos o que é dos ricos e aos pobres o que é dos pobres. Não tire a estes para dar aos outros.
O sucesso de um mandato, constrói-se desde o primeiro momento, com medidas ponderadas e justas que vão de encontro às necessidades mais prementes dos cidadãos, cortando a direito, sem complexos nem receios (quem não deve não teme), procurando estar sempre bem informado sobre todos os problemas da cidade e dos cidadãos.
Pela nossa parte estamos muito satisfeitos com a eleição de V. Excia e queremos desejar-lhe as maiores felicidades.
Em suma, Senhor Presidente, seja equitativo, dê aos ricos o que é dos ricos e aos pobres o que é dos pobres. Não tire a estes para dar aos outros.
O sucesso de um mandato, constrói-se desde o primeiro momento, com medidas ponderadas e justas que vão de encontro às necessidades mais prementes dos cidadãos, cortando a direito, sem complexos nem receios (quem não deve não teme), procurando estar sempre bem informado sobre todos os problemas da cidade e dos cidadãos.
Pela nossa parte estamos muito satisfeitos com a eleição de V. Excia e queremos desejar-lhe as maiores felicidades.
Muito obrigado.